domingo, 14 de novembro de 2010

TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS (ESQUEMA COMPARATIVO ENTRE AS ESCOLAS E OS COMPONENTES DA DIDÁTICA)

A DIDÁTICA

Escola Tradicional: Disciplina normativa - dita regras.

Escola Nova: Orienta a direção da aprendizagem.

Escola Tecnicista: Indica métodos e técnicas eficientes.

Escola Crítica: Estuda o ensino que por sua vez visa formar o cidadão.

O ENSINO

Escola Tradicional: Voltado para o professor e desenvolve a memória.

Escola Nova: Valoriza o aluno e suas habilidades natas.

Escola Tecnicista: Voltado para o mercado de trabalho.

Escola Crítica: Valoriza a transformação social, o professor, o aluno, o conteúdo.

O CONTEÚDO

Escola Tradicional: Tratado isoladamente.

Escola Nova: São principalmente os interesses do aluno.

Escola Tecnicista: Necessidades tecnológicas.

Escola Crítica: Conhecimentos e habilidades - o saber gera poder transformador.

O MÉTODO

Escola Tradicional: Forma prática de se chegar ao objetivo.

Escola Nova: Ativos e lúdicos.

Escola Tecnicista: Instruções programadas e outros.

Escola Crítica: Várias possibilidades para apreender o conteúdo e desenvolver habilidades.

A AVALIAÇÃO

Escola Tradicional: Medir o conhecimento do aluno por meio de provas e testes.

Escola Nova: Avaliação subjetiva com prática qualitativa.

Escola Tecnicista: Entrada de conteúdo (In e Out).

Escola Crítica: Habilidades e o saber - tem reflexo no ensino, proporciona o feed back.

A RELAÇÃO PEDAGÓGICA

Escola Tradicional: Excesso de diretividade. Professor distante do aluno.

Escola Nova: O aluno é o centro - Ele é crítico e participativo. Fraca diretividade.

Escola Tecnicista: Professor distante do aluno.

Escola Crítica: Relação democrática e com diretividade.

O PROFESSOR

Escola Tradicional: O professor detém o conhecimento para depositar no aluno.

Escola Nova: O professor é o facilitador da aprendizagem.

Escola Tecnicista: Deseja formar o técnico eficiente. O professor é transmissor.

Escola Crítica: Direciona o processo de ensino.

O ALUNO

Escola Tradicional: Indivíduo passivo e isolado do contexto sócio-histórico.

Escola Nova: Sujeito ativo e dinâmico. Valorização do "Self".

Escola Tecnicista: O futuro técnico.

Escola Crítica: Sujeito ativo inserido no momento histórico e social.

Fonte:http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=correntes+pedag%C3%B3gicas&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=

domingo, 7 de novembro de 2010

A RELAÇÃO ENTRE TRABALHO E EDUCAÇÃO

"Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo."


O novo cenário educacional do século XXI mostra que o grande desafio da história não é somente discutir as questões apresentadas pela metafísica e sim partir da realidade para a formação do sujeito como um todo, preparando-o para viver numa sociedade em constante transformação, através do trabalho.
O homem por ser um ser social, faz parte das relações sociais. Isto posto, a escola tem de ser um lugar de criação, de produção de saber, pois, como outras instituições, não servem apenas para reproduzir uma história linear, pelo contrário, o mínimo que se exige do espaço escolar é que ele possa ser um momento de pensar a história da humanidade levando em consideração a ação nas continuidades e mudanças do tempo, podendo, dessa maneira, possibilitar aos homens e mulheres perceberem--se como indivíduos produtores de história. Para tanto, o professor:
Necessita superar a visão restrita do mundo e compreender a complexa realidade, ao mesmo tempo, resgatar a centralidade do homem na realidade e na produção do conhecimento, de modo a permitir, ao mesmo tempo, uma melhor compreensão da realidade e do homem como um ser determinante e determinado (LUCK, 1995, p.60)
Assim:
A educação dará aos jovens a possibilidade de assimilar rapidamente na prática todo o sistema de produção e lhes permitirá passar sucessivamente de um ramo de produção a outro, segundo as necessidades da sociedade ou suas próprias inclinações. Por conseguinte, a educação nos libertará desse caráter unilateral que a divisão atual do trabalho impõe a cada indivíduo. Assim, a sociedade (...) dará aos seus membros a possibilidade de empregar em todos os aspectos suas faculdades desenvolvidas universalmente (ENGELS apud RODRIGUES, 2000, p.57).
Ou seja,
(...), é somente trabalhando para o bem e a perfeição do mundo que o cerca que o homem pode atingir a própria perfeição(...) Se ele cria somente para si mesmo ele se tornará talvez um sábio, um poeta distinto, mas jamais um homem completo, um homem verdadeiramente grande(...) A história chama àqueles que, agindo no interesse comum, se enobreceram (MARX, 2001, p.11-16)
Pode-se perceber que a educação fundamenta-se na possibilidade de transformação da sociedade através da ação do homem. Segundo Rodrigues (2000,p.57):
Basta olharmos, nos dias que correm, para o perfil do trabalhador polivalente, exigido pelas industrias contemporâneas, para compreendermos que a mudança seria bem mais complicada. Foi o próprio capital que revolucionou a divisão do trabalho. Hoje, o desenvolvimento tecnológico possibilitou ao capitalista realizar a mesma produção do que antes o obrigava a empregar milhares de operários, agora com apenas algumas dezenas de trabalhadores super-qualificados. Educados, mas nem por isso emancipados! Vivemos hoje os dias da” sociedade da informação”, da “ sociedade do conhecimento” mas o fosso social que se separa as classes continua a aumentar!
Dessa forma, percebe-se que a educação não gera emprego, mas onde há educação, há atração de capitais e estes geram os empregos. Por isso, a educação deve preparar o sujeito para aprender novas coisas pelo resto da vida. Afinal, em um mundo que se transforma é preciso estar preparado para enfrentar desafios, tomar decisões, adquirir competências e superar dificuldades.