domingo, 26 de dezembro de 2010

Natal!

Época em que conseguimos elevar os nossos sentimentos.
Pensamos e sentimos mais Amor, Respeito, Caridade e Fraternidade.
Sentimentos que nos aproximam do Criador e de Jesus.
Que todos nós sejamos capazes de manter estes sentimentos vivos e atuantes em nós por todo o ano de 2011.
Que possamos um dia viver como descreve essa linda canção.


Imagine
J. Lennon ( Tradução)

Imagine não existir paraíso
É fácil se você tentar
Nenhum inferno abaixo de nós
Acima de nós apenas o céu
Imagine todas as pessoas
Vivendo para o hoje

Imagine não existir países
Não é difícil de fazê-lo
Nada pelo que matar ou morrer
E nenhuma religião também
Imagine todas as pessoas
Vivendo a vida em paz

Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança de que um dia
você se juntará a nós
E o mundo será como um só

Imagine não existir posses
Me pergunto se você consegue
Sem necessidade de ganância ou fome
Uma irmandade de homens
Imagine todas as pessoas
Compartilhando todo o mundo

Você pode dizer
Que eu sou um sonhador
Mas eu não sou o único
Eu tenho a esperança de que um dia
Você se juntará a nós
E o mundo será como um só

domingo, 14 de novembro de 2010

TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS (ESQUEMA COMPARATIVO ENTRE AS ESCOLAS E OS COMPONENTES DA DIDÁTICA)

A DIDÁTICA

Escola Tradicional: Disciplina normativa - dita regras.

Escola Nova: Orienta a direção da aprendizagem.

Escola Tecnicista: Indica métodos e técnicas eficientes.

Escola Crítica: Estuda o ensino que por sua vez visa formar o cidadão.

O ENSINO

Escola Tradicional: Voltado para o professor e desenvolve a memória.

Escola Nova: Valoriza o aluno e suas habilidades natas.

Escola Tecnicista: Voltado para o mercado de trabalho.

Escola Crítica: Valoriza a transformação social, o professor, o aluno, o conteúdo.

O CONTEÚDO

Escola Tradicional: Tratado isoladamente.

Escola Nova: São principalmente os interesses do aluno.

Escola Tecnicista: Necessidades tecnológicas.

Escola Crítica: Conhecimentos e habilidades - o saber gera poder transformador.

O MÉTODO

Escola Tradicional: Forma prática de se chegar ao objetivo.

Escola Nova: Ativos e lúdicos.

Escola Tecnicista: Instruções programadas e outros.

Escola Crítica: Várias possibilidades para apreender o conteúdo e desenvolver habilidades.

A AVALIAÇÃO

Escola Tradicional: Medir o conhecimento do aluno por meio de provas e testes.

Escola Nova: Avaliação subjetiva com prática qualitativa.

Escola Tecnicista: Entrada de conteúdo (In e Out).

Escola Crítica: Habilidades e o saber - tem reflexo no ensino, proporciona o feed back.

A RELAÇÃO PEDAGÓGICA

Escola Tradicional: Excesso de diretividade. Professor distante do aluno.

Escola Nova: O aluno é o centro - Ele é crítico e participativo. Fraca diretividade.

Escola Tecnicista: Professor distante do aluno.

Escola Crítica: Relação democrática e com diretividade.

O PROFESSOR

Escola Tradicional: O professor detém o conhecimento para depositar no aluno.

Escola Nova: O professor é o facilitador da aprendizagem.

Escola Tecnicista: Deseja formar o técnico eficiente. O professor é transmissor.

Escola Crítica: Direciona o processo de ensino.

O ALUNO

Escola Tradicional: Indivíduo passivo e isolado do contexto sócio-histórico.

Escola Nova: Sujeito ativo e dinâmico. Valorização do "Self".

Escola Tecnicista: O futuro técnico.

Escola Crítica: Sujeito ativo inserido no momento histórico e social.

Fonte:http://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&q=correntes+pedag%C3%B3gicas&aq=f&aqi=&aql=&oq=&gs_rfai=

domingo, 7 de novembro de 2010

A RELAÇÃO ENTRE TRABALHO E EDUCAÇÃO

"Educação não transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo."


O novo cenário educacional do século XXI mostra que o grande desafio da história não é somente discutir as questões apresentadas pela metafísica e sim partir da realidade para a formação do sujeito como um todo, preparando-o para viver numa sociedade em constante transformação, através do trabalho.
O homem por ser um ser social, faz parte das relações sociais. Isto posto, a escola tem de ser um lugar de criação, de produção de saber, pois, como outras instituições, não servem apenas para reproduzir uma história linear, pelo contrário, o mínimo que se exige do espaço escolar é que ele possa ser um momento de pensar a história da humanidade levando em consideração a ação nas continuidades e mudanças do tempo, podendo, dessa maneira, possibilitar aos homens e mulheres perceberem--se como indivíduos produtores de história. Para tanto, o professor:
Necessita superar a visão restrita do mundo e compreender a complexa realidade, ao mesmo tempo, resgatar a centralidade do homem na realidade e na produção do conhecimento, de modo a permitir, ao mesmo tempo, uma melhor compreensão da realidade e do homem como um ser determinante e determinado (LUCK, 1995, p.60)
Assim:
A educação dará aos jovens a possibilidade de assimilar rapidamente na prática todo o sistema de produção e lhes permitirá passar sucessivamente de um ramo de produção a outro, segundo as necessidades da sociedade ou suas próprias inclinações. Por conseguinte, a educação nos libertará desse caráter unilateral que a divisão atual do trabalho impõe a cada indivíduo. Assim, a sociedade (...) dará aos seus membros a possibilidade de empregar em todos os aspectos suas faculdades desenvolvidas universalmente (ENGELS apud RODRIGUES, 2000, p.57).
Ou seja,
(...), é somente trabalhando para o bem e a perfeição do mundo que o cerca que o homem pode atingir a própria perfeição(...) Se ele cria somente para si mesmo ele se tornará talvez um sábio, um poeta distinto, mas jamais um homem completo, um homem verdadeiramente grande(...) A história chama àqueles que, agindo no interesse comum, se enobreceram (MARX, 2001, p.11-16)
Pode-se perceber que a educação fundamenta-se na possibilidade de transformação da sociedade através da ação do homem. Segundo Rodrigues (2000,p.57):
Basta olharmos, nos dias que correm, para o perfil do trabalhador polivalente, exigido pelas industrias contemporâneas, para compreendermos que a mudança seria bem mais complicada. Foi o próprio capital que revolucionou a divisão do trabalho. Hoje, o desenvolvimento tecnológico possibilitou ao capitalista realizar a mesma produção do que antes o obrigava a empregar milhares de operários, agora com apenas algumas dezenas de trabalhadores super-qualificados. Educados, mas nem por isso emancipados! Vivemos hoje os dias da” sociedade da informação”, da “ sociedade do conhecimento” mas o fosso social que se separa as classes continua a aumentar!
Dessa forma, percebe-se que a educação não gera emprego, mas onde há educação, há atração de capitais e estes geram os empregos. Por isso, a educação deve preparar o sujeito para aprender novas coisas pelo resto da vida. Afinal, em um mundo que se transforma é preciso estar preparado para enfrentar desafios, tomar decisões, adquirir competências e superar dificuldades.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Origem do dia dos PROFESSORES

Você sabe como surgiu o Dia do Professor?

O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro.
Mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no Brasil.
No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.

Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.

Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.

O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.

A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".


Fontes:
Site www.diadoprofessor.com.br
Site www.unigente.com
Site www.portaldafamilia.org

Dia do Professor em outros países:

Estados Unidos: National Teacher Day - na terça-feira da primeira semana completa de Maio.

World Teachers’ Day - UNESCO e diversos países - 5 de Outubro

Tailândia - 16 de Janeiro

Índia - 5 de Setembro

China - 10 de Setembro

México - 15 de Maio

Taiwan - 28 de Setembro

Argentina - 11 de Setembro

Chile - 16 de Outubro

Uruguai - 22 de setembro

Paraguai - 30 de Abril

domingo, 17 de outubro de 2010

Homenagem ao professor

As bolas de papel na cabeça,
Os inúmeros diários para se corrigir,
As críticas, as noites mal dormidas…
Tudo isso não foi o suficiente
Para fazer você desistir do seu maior sonho:
Tornar possíveis os sonhos do mundo.
Que bom que esta sua vocação
Tem despertado a vocação de muitos.
Parece injusto lhe desejar um feliz dia dos professores,
Quando em seu dia-a-dia
Tantas dificuldades acontecem.
A rotina é dura, mas você ainda persiste.
Seu mundo é alegre, pois você
Consegue olhar os olhos de todos os outros
E fazê-los felizes também.
Você é feliz, pois na sua matemática de vida,
Dividir é sempre a melhor solução.
Você é grande e nobre, pois o seu ofício árduo lapida
O seu coração a cada dia,
Lhe dando tanto prazer em ensinar.
Homenagens, frases poéticas,
Certamente farão parte do seu dia a dia,
E quero de forma especial, relembrar
A pessoa maravilhosa que você é
E a importância daquilo do seu ofício.
É por isto que você merece esta homenagem
Hoje e sempre, por aquilo que você é
E por aquilo que você faz.

domingo, 5 de setembro de 2010

DESCRIÇÃO E ANÁLISE DE ORGANIZAÇÃO EDUCACIONAL PARA O TRABALHO – ESTUDO DE CASO

Lucília Renata Gonçalves GOMES
Universidad Del Salvador - USAL


RESUMO:
Uma Organização Educacional para o Trabalho localizada em Minas Gerais trabalha com a missão de formar profissionais competentes para o mercado de trabalho promovendo a educação em diversas áreas do conhecimento propiciando a inserção destes profissionais no mercado de trabalho. Neste âmbito, realiza qualificação profissional, formação técnica, pós-graduação (lato sensu) e formação superior especial para professores. Esta pesquisa pretende descrever e analisar, uma Organização Educacional para o Trabalho com unidade em Vespasiano, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. Será realizada uma análise da dinâmica organizacional, fundamentando-se nos parâmetros de modernidade e pós-modernidade estabelecidos por Leonardo Schvartein no livro Diseño de Organizaciones: Tensiones y Paradojas. Este trabalho conclui que a instituição em questão situa-se nos dois parâmetros: da modernidade e o da pós-modernidade.

PALAVRAS-CHAVE: qualificação profissional; dinâmica institucional; trabalho.

1. Introdução
Esta pesquisa pretende descrever e analisar uma Organização Escolar Fundação de Educação para o Trabalho com uma unidade de Vespasiano/MG. Segundo Schvarstein (2007), “analisar uma organização educacional significa entender e articular suas características físicas e subjetivas, seus processos de gestão e seus atores, na relação diária de seus contextos”.
Para isso, será necessário identificar essa organização em relação à sua estrutura física e clientela. Em seguida, partir-se-á para a análise dinâmica organizacional considerando os parâmetros de modernidade e pós-modernidade estabelecidos por Leonardo Schvartein no livro Diseño de Organizaciones: Tensiones y Paradojas. Assim como Etkin e Schvarstein em Identidad de las Organizaciones: Invariância y Cambio e Modernidad Líquida de Bauman.
2. Referencial teórico
De acordo com SCHVARTEIN (2007), a modernidade tem como características principais a clara dimensão espacial, tendência a ser vista como forte, mobilidade e deslocamento limitados, tempo cancelado, forma restrita. Já na Pós-modernidade o espaço não é fixo, sua qualidade é a fluidez, o tempo é o mais importante, há uma mobilidade e facilidade de circulação e possui tendência a ser vista como luz.
Segundo FERRETTI (1999), as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Profissional de Nível Técnico, a qualificação é enfocada como conjunto de atributos individuais, de caráter cognitivo ou social, resultantes da escolarização geral e/ou profissional, assim como das experiências de trabalho.
SANTOS e SCHNETZLER (1997) afirmam ser necessário que se faça uma educação voltada a conscientizar os técnicos de que é urgente questionar sobre o tipo de mundo que queremos construir, e que os estudos que desenvolvem serão aplicados em favor ou contra a construção do mundo que esperam. Pois, o cientista é também cidadão, sendo assim, não pode ser indiferente no seu trabalho, procurando sempre que as suas descobertas não comprometam a existência e a integridade dos seres humanos, nem os meios que eles precisam para se desenvolver normalmente no planeta.
Não se trata de mostrar as maravilhas da ciência, como a mídia já o faz, mas de disponibilizar as representações que permitam ao cidadão agir, tomar decisão e compreender o que está em jogo no discurso dos especialistas (FOUREZ, 1995).
Segundo a CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE EDUCAÇÃO DE ADULTOS, 1999, a educação de adultos torna-se mais que um direito: é a chave para o século XXI; é tanto conseqüência do exercício da cidadania como condição para uma plena participação na sociedade. Além de ser um poderoso argumento a favor do desenvolvimento ecológico sustentável da democracia, da justiça, da igualdade entre os sexos, do desenvolvimento socioeconômico e científico, além de um requisito fundamental para a construção de um mundo no qual a violência cede lugar ao diálogo e à cultura de paz baseada na justiça.

3. Objetivo
Este trabalho tem como objetivo a descrição e análise da dinâmica organizacional considerando os parâmetros de modernidade e pós-modernidade de uma Organização Educacional para o Trabalho com unidade em Vespasiano no Estado de Minas Gerais.

4. Metodologia
Várias fontes de pesquisa foram consideradas para a discussão e conclusão sobre a descrição e análise de uma Organização Educacional para o Trabalho como: revisão bibliográfica, pesquisa de campo, entrevistas, fotos e pesquisa documental.

5. Desenvolvimento

5.1. Descrição da Instituição
A Fundação de Educação para o Trabalho em questão atua há 43 anos com a missão de formar profissionais competentes para o mercado de trabalho e promover educação em diversas áreas do conhecimento. Neste âmbito, realiza qualificação profissional, formação técnica, pós-graduação (lato sensu) e formação superior especial para professores.
A Instituição conta com uma equipe altamente qualificada, formada por doutores e mestres, apta a formar profissionais competentes para o mercado de trabalho. Além de possuir uma sede na cidade de Belo Horizonte, a instituição está presente em Nova Lima, Lagoa Santa e Vespasiano onde são ofertados cursos técnicos em Eletrônica, Enfermagem, Informática, Instrumentação Cirúrgica, Mecânica, Mecatrônica, Patologia Clínica, Segurança do Trabalho, Telecomunicações e Turismo. A Fundação disponibiliza também especialização em Meio Ambiente e Educador Social. O Curso de Formação Pedagógica de Docentes para o Ensino Fundamental e Médio é referência na Licenciatura Plena em todo o Estado de Minas Gerais.
A instituição possui diversas unidades na região metropolitana de Belo Horizonte. Para facilitar a pesquisa será analisada a unidade da cidade de Vespasiano, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, capital de Minas Gerais, que possui cerca de 100.000 (cem mil) habitantes e um pólo industrial composto por empresas metalúrgicas, siderúrgicas, cimenteiras, alimentícias e de prestação de serviços, dentre outras.
A unidade possui 12 salas de aula bem ventiladas compostas por 30 conjuntos de cadeiras escolares, 01 mesa e cadeira para professor e 01 quadro didático em cada uma. Dispõe de diversos recursos para facilitar a prática pedagógica como data show, retroprojetor, máquina copiadora de última geração, biblioteca, auditório com recurso multimídia, laboratórios diferenciados para todos os cursos e laboratório de informática com acesso à internet.
A equipe é composta por uma diretora, uma supervisora, duas secretárias, uma bibliotecária e aproximadamente 32 professores distribuídos nos cursos técnicos de Mecânica Industrial, Mecatrônica e Segurança do Trabalho que são oferecidos no turno da noite. Todos os docentes têm formação superior e pós-graduação, apenas 3 são mestrandos.
Para que o candidato a aluno ingresse nos cursos é necessário que esteja cursando o 2º ano do ensino médio ou já tenha concluído esta modalidade de ensino. Basta que o candidato faça a inscrição na secretaria da escola, portando a documentação exigida e pague uma taxa de matrícula. Os cursos têm duração de 18 (dezoito) meses e são pagas mensalidades no valor da matrícula.
Seu corpo discente é constituído, em sua maioria, por adultos totalizando nesse primeiro semestre 270 alunos.
Como a cidade de Vespasiano sedia um pólo industrial diversificado, com empresas nacionais e internacionais como a Demag, BMB, Metalúrgica Lisboa, Capiccilim, Central Beton, Soeicon, Mambrini e Mecan, a instituição promove a formação de seus técnicos de forma que estagiem e posteriormente atuem no mercado de trabalho destas empresas. Promove um contato inicial entre alunos e empresa através de visitas técnicas.


A Instituição é uma organização consolidada que atende a população local e vizinha não só através da formação de profissionais qualificados, mas também na inserção destes profissionais no mercado de trabalho. Além disso, conforme nota no site da instituição verifica-se que a mesma recebeu conceito A da Comissão Verificadora do Conselho Estadual de Educação em sua última visita, quando efetuou uma análise sob vários aspectos e, em todos eles obteve elevado índice de aprovação, o que resultou no tópico mais elevado da classificação na avaliação global.
O relatório de verificação “in loco” revela análise do Projeto Pedagógico nos itens Estrutura Curricular, Ementário das disciplinas, Carga Horária e Adequação ao Perfil do Profissional, Dinâmica da Metodologia de Ensino, Critérios de avaliação, Bibliografia básica e Estágio Discente. Em todos eles a Instituição obteve Conceito A, por ter atendido satisfatoriamente todos os itens. O conceito A ocorreu também na análise da relação do número de disciplinas ministradas por número de docentes e na adequação dos docentes às disciplinas, cujo conceito A, foi acima de 90 %. O corpo docente foi avaliado também nos critérios de Titulação, Regime de Trabalho e Relação de Disciplinas, com satisfação altamente positiva na avaliação final. No indicador Laboratórios Específicos teve todos os critérios atendidos satisfatoriamente e obteve mais um conceito A. No indicador Infraestrutura Computacional em que foi avaliada a rede de computadores existente, o acesso à internet, os softwares licenciados, o laboratório de informática (incluindo área física, equipamento, e organização das aulas), também o resultado foi satisfatório em todos os itens. A Instituição também obteve o conceito A na avaliação da Infraestrutura Física e Mobiliário, em que se fez um levantamento detalhado da capacidade, iluminação e ventilação das salas de aula, área de circulação, lazer e sanitários, além das salas e gabinetes para docentes. A Comissão concedeu a letra A no conceito global, o que coloca a Fundação como uma das mais respeitadas instituições de ensino do Estado de Minas Gerais.

5.4. Cursos oferecidos
De acordo com as emendas dos cursos os técnicos em Mecatrônica “atuam no projeto, execução e instalação de máquinas e equipamentos automatizados e sistemas robotizados como ilustra a figura 2. Realizam manutenção, medições e testes destas máquinas, equipamentos e sistemas conforme especificações técnicas”.

Já os técnicos em Mecânica Industrial “atuam na elaboração de projetos de produtos, ferramentas, máquinas e equipamentos mecânicos. Planejam, aplica e controla procedimentos de instalação e de manutenção mecânica de máquinas e equipamentos conforme normas técnicas e normas relacionadas a segurança. Aplicam técnicas de medição e ensaios. Especificam materiais para construção mecânica.”

E os técnicos em Segurança do Trabalho “atuam em ações prevencionistas nos processos produtivos com auxílio de métodos e técnicas de identificação, avaliação e medidas de controle de riscos ambientais de acordo com normas regulamentadoras e princípios de higiene e saúde do trabalho como mostra a figura 4. Desenvolvem ações educativas na área de saúde e segurança do trabalho. Orientam o uso de EPI e EPC. Coletam e organizam informações de saúde e de segurança no trabalho. Executam o PPRA. Investigam, analisam acidentes e recomendam medidas de prevenção e controle”.

5.4. Característica institucional
A Instituição se preocupa com a formação de cidadãos participativos, conhecedores de seus direitos e cumpridores de seus deveres diante a sociedade. Esta filosofia é aparente em atitudes que se tornam expressivas quando praticadas por um número maior de pessoas, como o compromisso na conscientização dos discentes para a importância da preservação do meio ambiente através de ações significativas, como por exemplo, o incentivo a não utilização de copos descartáveis.
É do conhecimento de todos que o plástico demora aproximadamente 100 anos para decompor-se. Para colaborar com a diminuição da poluição é doada aos alunos e funcionários no início do ano letivo uma “squeeze” feita de material reciclado. São ministradas palestras sobre os danos que o lixo mal administrado pode causar ao meio ambiente e algumas dicas de reciclagem e aproveitamento no projeto de conscientização ambiental.

Outra atitude realizada pela organização é a realização de seminários e fóruns sobre assuntos relacionados aos cursos ofertados, como ilustra a figura 6, onde são convidadas autoridades locais e especialistas nos temas abordados. O último fórum ocorreu em novembro de 2009 e teve como tema “o perfil do estagiário exigido nas empresas”. Este evento contou com a participação de diretores das principais empresas locais, psicólogos, gestores de recursos humanos, os alunos em período de estágio, professores e funcionários da organização.


Promove-se, anualmente, o “Café Empresarial”, onde representantes das indústrias da região se reúnem com os estudantes, professores e autoridades locais no intuito de ampliar o relacionamento com a escola que por sua vez mostra ao meio empresarial as alternativas para formação de mão de obra qualificada.
São realizadas mostras em que os estudantes apresentam projetos desenvolvidos ao longo do ano sob a orientação de uma equipe de professores. De acordo com a direção, as mostras têm como objetivo valorizar a prática dos alunos e o trabalho dos professores, além de proporcionar a interdisciplinariedade entre os cursos e integrar a instituição ao mercado de trabalho. O evento permite aos professores e alunos divulgarem os trabalhos, em que a teoria e a técnica de transformam num conjunto de práticas e experiências interligadas.


A instituição possui uma relação contínua com a comunidade externa, principalmente com o meio empresarial da região. Seu objetivo é promover a educação em diversas áreas do conhecimento e principalmente formar profissionais competentes para o mercado de trabalho além da conscientização a respeito da preservação do meio ambiente através de ações coletivas e individuais.

5.4. Análise organizacional sob a perspectiva da modernidade e pós-modernidade
De acordo com os conceitos de modernidade e pós modernidade constituídos por Schvarstein em Diseño de Organizaciones: tensiones y paradojas, e Bauman em Modernidad Líquida pretende-se compreender e analisar a Organização Educacional para o Trabalho com sede em Vespasiano em questão.
Caracteriza-se a modernidade pela existência de um espaço físico fixo, estrutura sólida e hierárquica, de origem conservadora e a utilização do tempo e suas tradições para conquistar lugar e permanecer no mercado. A modernidade lembra a estrutura do panoptismo, tendo a vigilância como ferramenta de controle e cerceamento das relações. Ou seja, a modernidade foi um projeto que tinha como meio o conhecimento, e como fim a organização e o controle do mundo. Nota-se que a estrutura moderna foi bastante importante para o desenvolvimento educacional e da escola que conhecemos hoje, contudo verifica-se que a noção subjetiva de tempo é a questão mais importante para as instituições contemporâneas, visto que a sociedade não é mais estática como no passado. A interação, ou seja, a troca ocorre a todo o momento e a educação sofre com isto, mesmo porque deve seguir as regras de socialização e seus contextos.
Geralmente, como característica da pós-modernidade verifica-se a estrutura contrária à modernidade, pois o poder é cada vez mais negociável, móvel, sem um engajamento mútuo, extinguindo dessa forma a relação entre chefe e subordinado. Assim, na pós-modernidade é imposto o fortalecimento do sujeito, baseado em sua autonomia e capacidade de gestão, ou seja, este sujeito possui responsabilidade por seus atos e organização de suas tarefas. Verifica-se também a relação da pessoa com o tempo e o espaço de trabalho, tendo em vista que por meio da tecnologia a pessoa não é mais obrigada a se deslocar à instituição para realizar seu trabalho, sem ter um horário fixo.
Do ponto de vista gestacional observa-se que a Instituição pesquisada possui características tanto de modernidade quanto de pós-modernidade, já que a gestão oscila entre a centralização e a descentralização do poder, tendo em vista que, em determinadas tomadas de decisão o gestor determina o caminho a ser seguido e em outras ocasiões leva em consideração a opinião da comunidade e da equipe que é bastante colaborativa, principalmente na elaboração e execução de projetos que envolvem a comunidade externa. Em muitos casos o gestor delega decisões aos professores e supervisor.
No que diz respeito às propriedades estruturais e limites, a organização é entendida como moderna e pós-moderna, visto que além de utilizarem o espaço da estrutura física da escola os alunos participam de exposições culturais e realizam oficinas fora do espaço da escola, além de realizarem estágio obrigatório no último semestre do curso. Assim, as atividades dos alunos não ficam restritas ao espaço físico da instituição, se estendendo e diversos ambientes favorecendo o conhecimento sistemático.
Por se tratar de uma organização que oferece cursos técnicos profissionalizantes a Instituição contrapõe a idéia de Bauman (2001) quando descreve os homens e mulheres que compõem a essência social do movimento operário:

[...] “tendem a ser as partes mais dispensáveis, disponíveis e trocáveis do sistema econômico. Em seus requisitos de empregos não constam habilidades particulares, nem a arte da integração social com clientes – e assim, os mais fáceis de substituir têm poucas qualidades especiais que poderiam inspirar seus empregados a desejar mantê-los a todo o custo; controlam, se tanto, apenas parte residual do poder de barganha. Sabem que são dispensáveis, e por isso não vêem razões para aderir ou se comprometer com seu trabalho ou entrar numa associação mais durável com seus companheiros e trabalho. Para evitar frustração iminente, tendem a desconfiar de qualquer lealdade em relação ao local de trabalho e relutam em inscrever seus próprios planos de vida em um futuro projetado para a empresa.”

A Instituição modifica a realidade desses alunos que, em sua maioria, são adultos a procura da oportunidade de transformação de suas vidas através da obtenção da formação profissional como dispositivo na busca de melhor emprego além de sua transformação em cidadãos reflexivos, participativos e formadores de opinião.

6. Conclusões
Por meio da breve análise realizada neste trabalho, verificou-se que a Instituição em questão situa-se nos dois parâmetros: da modernidade e o da pós-modernidade por possuir uma estrutura tradicionalista da educação, entretanto, seus gestores na relação com os outros atores, possuem tendências contemporâneas dos processos educativos.
Por se tratar de uma escola de ensino profissionalizante possui suas peculiaridades, a começar pela clientela, que por sua vez é formada por pessoas maduras e que estão buscando a inserção no mercado de trabalho. Para isso, elas adquirem conhecimento não somente no espaço físico da instituição como a sala de aula e laboratórios, mas também nas empresas onde fazem o estágio curricular obrigatório onde podem colocar em prática o que aprenderam na teoria, além de participarem de encontros em diversos eventos culturais como feiras, exposições, mostras, etc. Tudo isso, sob a supervisão e orientação do professor.
Neste contexto, a Educação, é compreendida não apenas como os espaços formais de ensino, mas inclusive os processos formativos que ocorrem numa variedade de instituições e atividades, para além da escola, nas quais os indivíduos estão envolvidos de modo necessário e inevitável, pelo simples fato de existirem socialmente (LIBÂNEO, 1992).
A gestão é realizada de forma democrática, evidenciando muitas vezes mais características de pós-modernidade do que de que modernidade propriamente.
Dessa forma, trata-se, portanto de uma Organização que procede de acordo com os parâmetros de modernidade e pós-modernidade, enfatizando-se a gestão democrática, evidenciando o intercâmbio entre a sociedade e a escola, em que os estudantes são preparados para novos desafios profissionais, humanos e sociais, destacando-se pela formação empreendedora.




Referências

ACOSTA-HOYOS, Luis E.; GUERRERO GUTIERREZ, José Solon de J.. Tecnologia e qualidade de vida (uma polêmica de nosso tempo). Viçosa: Imprensa Universitária da UFV, 1985.
ARENDT, Hannah. A Condição Humana. 5ª ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1991.
CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE EDUCAÇÃOP DE ADULTOS, 5., 1997, Hamburgo. Declaração de Hamburgo: agenda para o futuro. Brasília: SESI/Unesco, 1999.
ETKIN, Jorge. SCHVARSTEIN, Leonardo. Identidad de las Organizaciones: Invariância y cambio. Buenos Aires: Paidós, 2000.
FERRETTI, C. Comentários sobre o documento Diretrizes curriculares para a Educação Profissional de Nível Técnico. MEC/CNE [S. I.], São Paulo, 1999.
FOUREZ, G. (1995). A construção das ciências: introdução à filosofia e à ética das ciências.São Paulo: Editora da Universidade Estadual Paulista.
HALL, R. H. Organizações. Rio de Janeiro: Prentice/Hall do Brasil, 1982.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo : Cortez, 1992 (Coleção magistério – 2º grau, Série formação do professor).
SANTOS, W. L. P., SCHNETZLER, R. P. (1997). Educação em química: compromisso com a cidadania. Ijuí: UNIJUÍ.
SCHVARSTEIN, Leonardo. Diseño de Organizaciones: Tensiones y paradojas. Buenos Aires: Paidós, 2007.

terça-feira, 27 de julho de 2010

A aventura de ser adulto no século XXI

Este ensaio tem o objetivo de fazer uma reflexão sobre a aventura de ser adulto no século XXI. Comecemos primeiramente conceituando o que é ser adulto. De acordo com o dicionário Aurélio de Língua Portuguesa “adulto é a pessoa que terminou sua adolescência, que chegou ao término do período de crescimento, aquele que atingiu maioridade civil”.

Entretanto, não podemos nos prender apenas a esse significado. Pois ser adulto é algo bem mais complexo do que apenas parar de crescer fisicamente e atingir a maioridade civil. Ser adulto é quando a pessoa atinge a maturidade, sendo que para isso não se faz necessário ser maior de idade e sim ter posturas e comportamentos altruístas , ou seja,” amor desinteressado ao próximo; abnegação; filantropia”, e também por sua complexidade, que se expressa nas suas complicadas relações sociais
independentemente do meio onde se está inserido e suas condições.

Agora, iremos conceituar aventura, que também de acordo com o dicionário Aurélio significa “acontecimento imprevisto, surpreendente: romance cheio de aventuras estranhas; empreendimento ousado: gostar de aventuras; acaso, sorte, peripécia”.

Estando claros esses conceitos, podemos dizer que ser adulto no século XXI é a pessoa que age com maturidade diante as surpresas da vida, sejam elas positivas ou negativas. Mas para que isso ocorra é preciso que esse adulto saiba quem ele é realmente. Pois quando se sabe quem somos verdadeiramente, temos maior possibilidade de atuar de forma positiva diante de qualquer situação.

Percebe-se que o homem da atualidade está a cada dia buscando algo que nem ele mesmo sabe definir o que é. Geralmente, diz estar à procura da felicidade, mas quando inquirido do que é felicidade, não sabe dizer. Alguns dizem que ela está no status, no dinheiro, na família, no emprego.

Como dito anteriormente, as pessoas de um modo geral, esquecem que primeiramente é necessário conhecer a si próprio, refletir sobre o próprio eu, seu papel na sociedade para depois buscar as coisas que estão fora de si. Não adianta procurar por algo que está dentro do lado de fora, pois nunca será encontrado por razões óbvias.

Nota-se que a tecnologia avança a passos largos, já é possível carregar um computador no bolso! Não é preciso abrir as portas com as mãos, há sensores de presença que fazem com que as portas abram quando chegamos perto, não é preciso saber o caminho para chegar a qualquer lugar, basta indicar o endereço para o GPS que ele informa as coordenadas do caminho, não é mais preciso perguntar às pessoas. Nem é preciso dinheiro em papel moeda para pagar as contas, é só ter um cartão de crédito. As crianças não brincam mais umas com as outras, elas brincam com máquinas (computadores, play station, jogos virtuais).

Todavia, a relação humana não está acompanhando o avanço tecnológico. Está sim retrocedendo. Cada vez menos há o toque, o olho no olho. As pessoas estão distantes umas das outras e com isso acabam distantes de si mesmas. Há um individualismo que não deixa que elas se aproximem. Umas sempre querendo ser e ter mais do que as outras e esquecem que não há nem melhor e nem pior e sim o diferente. E ainda, não há nem como ter um parâmetro de melhor e nem pior justamente pela diferença de cada um.

Acredito que esse egocentrismo se dá talvez pelo crescimento científico e tecnológico. Não que eu seja contra ao progresso, muito pelo contrário. É notável que com desenvolvimento da ciência o homem teve sua expectativa de vida aumentada, pela descoberta da cura e prevenção de muitas doenças, dentre outros benefícios. Porém acoplado a esse desenvolvimento, há um ponto negativo que é a busca desenfreada por um padrão de beleza ditado pela mídia, o que faz com que as pessoas se submetam às cirurgias plásticas desnecessárias, apenas para ficar dentro dos padrões exigidos e não por uma necessidade própria, individual.

Recentemente, houve uma catástrofe terrível no Haiti. O país foi destruído por um terremoto. Mais de 200 mil pessoas morreram soterradas, 300 mil ficaram feridas e 4 mil foram amputadas. Os cadáveres foram enterrados em valas comuns. Diante a desventura dos sobreviventes, vários países se uniram para realizarem operações de ajuda com envio de pessoal, equipamentos, alimento e dinheiro. É muito nobre esse gesto solidário. Mas a solidariedade deve ser praticada primeiramente dentro de nossas casas para depois se expandir. Certamente, há muitas pessoas necessitadas de saúde, alimento e moradia nesses países que ajudaram o Haiti, porém são ignoradas. Totalmente desrespeitadas.

Por isso, o homem da atualidade é um ser individualista, mesmo quando pratica atos de caridade. Pois não adianta uma atitude grandiosa se as pequenas são inexistentes. Prova disso, é que mesmo o Haiti passando por essa situação desumana, os sobreviventes estimularam saques e formação de gangues armadas, os responsáveis pela distribuição dos donativos estão comercializando o que deveria ser doado e os doadores não ajudam seu próximo, seu vizinho, seu familiar. Como querem ajudar outro país?

Onde estão os valores morais, tais como tolerância, respeito, educação, altruísmo, integridade, liberdade, justiça, veracidade, responsabilidade, compaixão, companheirismo, fraternidade?

Do que adianta tantos avanços na área da ciência se o homem não avança em conhecer-se melhor para praticar atitudes condizentes a esses avanços? Quando se tem ao menos uma noção de quem somos realmente e do que queremos alcançar fica mais fácil controlar certos impulsos, certas atitudes arbitrárias. O auto-conhecimento é de suma importância para que a pessoa viva melhor consigo mesma e com o outro. Consequentemente, o mundo será melhor, pois pressupõe que quanto mais conhecimento a pessoa adquire e desenvolve tecnologias, mais ela deve manifestar a sua preocupação de justiça, de equidade e de interesse para o bem-estar não só individual, mas do coletivo.

Então, ser adulto no século XXI é uma aventura e tanto. Primeiro, porque devemos buscar dentro de nós mesmos a razão, o porquê e o para quê estamos inseridos na sociedade. Segundo, porque mesmo diante de tantas dificuldades, tantas injustiças, devemos refletir e buscar fazer a nossa parte, mesmo sendo pequena, para a melhora de um todo. Não devemos ser descrentes do ser humano. O propósito da vida é a evolução e só seremos seres evoluídos através do convívio em sociedade. Onde poderemos avaliar nossas ações e fazer uma reforma pessoal. Assim, ser humano também é uma aventura. Cada pessoa vive uma aventura diária.

Portanto, para viver no século XXI e alcançar a felicidade é necessário que a pessoa conquiste o amor a si e ao próximo, a humildade, a fé, a esperança, a confiança, a criticidade e o diálogo. Conforme Paulo Freire, o diálogo leva o homem a se comunicar com a realidade e a aprofundar a sua tomada de consciência sobre si mesmo até perceber qual será sua práxis na realidade conflitante para desnudá-la e transformá-la.

Também não podemos esquecer que Deus nos criou à sua imagem e semelhança. Talvez esta certeza nos leve a encarar o nosso papel. E pode ser que um mergulho para dentro de nós mesmos e uma evolução nas relações humanas nos leve para mais perto da descoberta que buscamos. O homem pode almejar realizações tão grandes quanto aquelas que ele sonhar. Não vamos limitar os nossos sonhos à dominação de nossos semelhantes, ou a produção de carros mais imponentes e possantes, ou a aparelhos eletrônicos mais sofisticados.

Finalmente, a aventura de ser adulto no século XXI se dá na possibilidade de podermos sonhar com algo que nos traga orgulho de sermos parte desta sociedade, que nos harmonize com o todo. E, como afirma Joseph Hart,

“Não podemos admitir que seja a educação das crianças de hoje que possa salvar o mundo da destruição: o que poderá fazê-lo é a educação de adultos. É o adulto quem deve perder a sua mentalidade restrita, seus preconceitos egoísticos, costumes inadequados e hábitos obsoletos. É ao adulto que deve ser dada a oportunidade mais rápida de se refazer o mundo, pela ciência, pela tolerância, pela simpatia humana e pela organização racional.”

Para isso devemos olhar para dentro de nós, e também para o nosso próximo, pois o outro é o espelho que vai nos mostrar a nossa verdadeira imagem.